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Pindobaçu foi destaque no jornal nacional da ultima quinta feira


A série especial de reportagens do Jornal Nacional mostrou que o crack já é encontrado até nas regiões mais distantes dos nossos maiores centros urbanos. O programa mostrou trabalhadores rurais viciados e índios que se tornaram dependentes da droga. Agora, conheça os efeitos dessa praga entre garimpeiros.

No caminho do garimpo, existe uma pedra nada preciosa. A equipe do Jornal Nacional foi até o Sertão Baiano, nas terras que concentram uma das maiores reservas de esmeraldas do Brasil e que sofre com a seca.
Quilômetros de galerias subterrâneas são abertas a mais de 150 metros de profundidade. Equivalente a um edifício de 50 andares.
O trabalho é cansativo e também perigoso, porque há risco de desmoronamentos. Muitos garimpeiros se entregam ao crack. Um erro que pode custar a própria vida.
Um homem sofreu dois acidentes. Em ambos estava sob o efeito da droga. Abandonou o garimpo, mas não largou o crack. “A gente comprava no garimpo mesmo e usava lá mesmo. Dentro da mina”, conta.
Os garimpeiros procuram as pedras preciosas. E quando há algum sinal, eles relutam em deixar o posto de trabalho.  Usam o crack na ilusão de espantar a fome e o cansaço.
“Achava que estava mais forte para trabalhar. Não dava sono nem nada”, diz o homem.
Um rapaz diz que não usa drogas, mas esconde o rosto para não sofrer represálias. E conta que já viu pelo menos sete companheiros de trabalho morrerem por overdose.
“Começa a botar sangue. Aí quando chega no hospital, já chega sem vida”, conta.
No garimpo, a droga vira moeda. Há quem troque uma pedra preciosa por uma pedra de crack. “Eu ia limpando, ia conseguindo, trocava pelo crack”, confessa.
A cidade de Campo Formoso, distante cerca de 400 quilômetros de Salvador, é conhecida pelas grutas, como a da Barriguda, e também pelo comércio de esmeraldas.
Campo Formoso é uma espécie de balcão de negócios do garimpo. A única delegacia da região é responsável por uma área de mais de sete mil quilômetros quadrados.
Nas operações de combate ao crack, os agentes sempre têm dificuldades para dar flagrantes.
“Eles estão fazendo a distribuição por vários imóveis, para que seja uma quantidade pequena se for pego. Dificulta o trabalho policial, dificulta o trabalho do próprio Ministério Público, da própria Justiça, em conseguir uma prova mais consistente pra configurar o tráfico”, afirma Felipe Neri, coordenador regional da Polícia Civil - BA.
“É a destruição de muitos pais de família. Depois fica arrependido do que fez. É uma droga maldita”, diz um homem.
“A overdose lá é tanta que não tem nem enterro. Em garimpo, não há enterro. Fica por lá mesmo”, ressalta outro homem.
VEJA O VIDEO DA REPORTAGEM FONTE:E2SNOTICIAS.COM

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